Aneurismas

Aneurismas são dilatações das artérias. Habitualmente, os aneurismas são assintomáticos porém representam um risco para a vida do portador.
Os aneurismas podem estar localizados em diversas regiões, sendo os mais frequentes na Aorta Abdominal, Artérias Poplíteas e Artérias Viscerais (que irão irrigar os órgãos intra-abdominais, como Fígado, Baço e Rins). Conforme o aneurisma cresce, a resistência da artéria diminue e forma-se um "coágulo" (trombo mural) que é aderido à parede do aneurisma.
Este crescimento enfraquece a parede da artéria aumentando o risco desta romper.
Outra complicação grave do aneurisma é a liberação de pequenos fragmentos deste trombo ocasionando pequenas, e às vezes, não tão pequenas assim; embolias.
Atualmente, existem duas boas opções para o tratamento:
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Tratamento Cirúrgico: é o tratamento tradicional, com técnicas clássicas da cirurgia vascular, com ressecção do aneurisma e reconstrução da artéria com algum substituto (prótese ou veia)
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Tratamento Endovascular: é o tratamento a partir de técnicas minimamente invasivas, por meio de catéteres, guias e materiais especiais.
Carótidas

Carótidas são as artérias responsáveis por levar o sangue ao cérebro. Estas artérias também sofrem os efeitos da aterosclerose, que produz uma "ferrugem" dentro das artérias. Pequenos fragmentos podem se desprender ou mesmo um descolamento desta placa podem ocasionar um acidente vascular cerebral (AVC – geralmente conhecidos como derrames).
Esta situação pode ser identificada durante um bom exame médico e comprovado por exames de imagens. Existem diferentes maneiras de tratamento, principalmente para evitar os tão temidos "derrames".

Embolização
É uma técnica de cirurgia minimamente invasiva, na qual, através de cateterismo, ocluímos veias ou artérias para tratar diversas doenças, como Má-formações artério-venosas, aneurismas, miomas ou controlar focos de sangramentos de difícil acesso.
Trombose

A trombose venosa é um evento não desejado, que pode aparecer espontaneamente, estar associado a fatores familiares, outras doenças ou outros fatores de risco, como tabagismo, uso de anticoncepcional ou mesmo uma viagem mais longa.
Suas principais complicações são a embolia pulmonar (TEP) ou a Síndrome Pós-trombótica (SPT).
Existem diferentes tratamentos para as diferentes fases de evolução.

Pé Diabético
As alterações que o Diabetes mellitus causa nos pacientes, geralmente evolue de forma silenciosa. Um dos principais alvos do Diabetes são os pés.
Uma série de alterações levam um risco extremamente aumentado de amputação:
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Perda da sensibilidade
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Formigamentos
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Calos
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Unhas encravadas
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Bolhas
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Frieiras
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Dedos em garra
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Desabamento do arco plantar
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Inchaço nos pés e pernas
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Pele ressecada e quebradiça
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Dor ao caminhar
Todos estes sinais e sintomas representam situações que exigem uma boa avaliação e cuidados precoces para prevenir uma amputação.

Doenças Arteriais
Obstrução Arterial é o "entupimento" das artérias. Pode ocorrer de forma súbita, sendo chamado de Obstrução Arterial Aguda ou de aparecimento lento e progressivo, chamado de Obstrução Arterial Crônica.
A obstrução arterial aguda geralmente representa um quadro extremamente grave e de indicação cirúrgica imediata, para restaurar a circulação. Os achados iniciais são: dor intensa, palidez, diminuição da temperatura, cianose (arroxeamento), formigamentos (parestesia), podendo chegar a ter paralisia da região comprometida. A identificação precoce com um tratamento imediato é capaz de reverter todos estes achados com excelentes resultados.
A obstrução arterial crônica habitualmente é decorrente de aterosclerose que compromete as artérias de maneira lenta e progressiva. A depender do grau de comprometimento e tempo de evolução, pode ser tratada de diferentes maneiras. Habitualmente se manifesta como uma dificuldade para caminhar que melhora com a parada do esforço físico; pacientes que sofrem pequenos machucados que não cicatrizam; ou pés frios, com pele ressecada e perda dos pelos.

Síndrome de Cockett
Síndrome de Cockett é uma variação anatômica na qual a veia ilíaca comum esquerda é comprimida pela artéria ilíaca comum direita contra a coluna. Nesta situação, ocorre uma dificuldade de retorno venoso, podendo ocasionar o aparecimento de varizes na região pélvica, vulvar e da perna esquerda, além de aumentar o risco de uma trombose deste lado.
Atualmente, o diagnóstico pode ser feito de maneira pouco invasiva, com o auxílio de um ultrassom com doppler, tomografia ou ressonância magnética.
O tratamento é feito por via endovascular, com o implante de um stent, que "abre, descomprime" a veia e melhora o retorno venoso.

Síndrome de Nutcracker
A Síndrome de Nutcracker, ou quebra nozes, é uma variação anatômica na qual a veia renal esquerda fica comprimida pela artéria mesentérica superior. Esta compressão leva a uma dificuldade do retorno venoso do rim esquerdo, podendo causar dor lombar e presença de sangue oculto na urina, além de criar uma "rota de fuga" que gera varizes pélvicas.
O seu diagnóstico pode ser confirmado por exames de imagens como um bom ultrassom com doppler, uma tomografia ou ressonância direcionadas.
O tratamento é feito de maneira minimamente invasiva, por via endovascular, com o implante de um stent descomprimindo a veia renal e embolização das varizes pélvicas.

Hiperhidrose
É uma situação onde os pacientes apresentam excesso de suor nas mãos, axilas, rosto ou sola dos pés. Isto se deve a um "desequilíbrio" no sistema que regula a temperatura do corpo.
O tratamento cirúrgico está indicado nos casos de extremo desconforto ou incapacidade social e profissional.
O tratamento é feito por dois "furinhos" (incisões de 1 e 0,5 cm) em cada lado do tórax, e com o auxílio de camera de TV, identifica-se o nervo responsável pelo suor e realiza-se o tratamento. O resultado é imediato e permanente. A recuperação é rápida e pouco dolorosa.
Catéteres

Catéteres são vias de acesso utilizados para diversos motivos. Eles podem ser utilizados para receber medicamentos ou realizar tratamentos - como hemodiálise, plasma aférese, dieta parenteral, antibioticoterapia prolongada, quimioterapia.
Os catéteres podem ser de diferentes tipos e duração.
Os mais comuns são:
- Portocath: catéter totalmente implantado, de longa duração, habitualmente usado para quimioterapia. Tem um reservatório que fica alojado em baixo da pele que pode ser puncionado quando precisa ser utilizado.
- PICC: é um catéter de implante periférico, que habitualmente é utilizado para curta ou media duração, por pacientes que precisem receber medicações endovenosas por um período superior a 5 dias. Pode ser colocado sob anestesia local, geralmente guiado por ultrassom.
- Catéteres de Hemodiálise: Shilley, Hickmann, Permicath, Palindrome. São diferentes cateteres utilizados para permitir a filtração do sangue durante as sessões de hemodiálise. Alguns são de curta duração, enquanto outros são de longa permanência.
- Catéter Venoso Central: é de uso eminentemente intra-hospitalar, em pacientes que necessitam receber medicações mais concentradas, ou com dificuldade de veias periféricas.
Feridas

A presença de feridas, além de causar sofrimento pela dor, geralmente causa exclusão social pelo aspecto visual, odor; e muita dependência física para realizar curativos e cuidados.
Para conseguir "resolver" de maneira eficiente uma ferida é preciso entender qual foi o mecanismo (fisiopatologia) responsável pelo aparecimento da mesma. Assim, pode-se tratar a causa ao invés de ficar "correndo atrás" da ferida.
As principais causas de feridas são:
- trauma
- hipertensão venosa (varizes ou trombose)
- isquêmica (oclusão arterial crônica)
- hipertensiva
- diabética
- neoplasia